Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) divulgado esta semana aponta que o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 8 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos ao País e gerou mais de 240 mil empregos acumulados.
No segmento de geração solar FV centralizada, o Brasil possui 3,1 GW de potência instalada, o equivalente a 1,7% da matriz elétrica do País. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.
No segmento de geração FV distribuída são 4,9 GW instalados em todas as regiões do Brasil, representando mais de R$ 24 bilhões em investimentos acumulados desde 2012. De acordo com a Absolar, o Brasil possui mais de 409 milsistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que compensam o consumo de mais de 511 mil unidades consumidoras. No entanto, estas representam ainda apenas 0,6% dos 86 milhões de consumidores de energia elétrica do País, o que indica fortemente o potencial e o espaço que a energia solar fotovoltaica ainda pode e deve ocupar, diz a entidade.
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Durante os últimos anos pôde-se notar uma redução significativa dos preços de sistemas fotovoltaicos para o cliente final. Segundo o Estudo Estratégico do Mercado Fotovoltaico GD do 2º semestre da Greener, mesmo no primeiro semestre de 2020, em um cenário de pandemia e pressão cambial, houve uma elevação de preços menor do que a esperada, e em alguns casos, como os sistemas fotovoltaicos na faixa de potência de 4 kWp (Figura 1), verificou-se até redução, sugerindo que a cadeia de integração e distribuição tenha absorvido parte destes custos.
Figura 1.
O novo Estudo Estratégico de Geração Distribuída da Greener apresenta os preços atualizados praticados pelo mercado solar em janeiro de 2021. Em média, os preços dos kits subiram 10% no último semestre e 20% ao longo do ano. Esta elevação é reflexo da forte desvalorização do Real e altos custos logísticos. A Figura 2 apresenta a evolução dos preços kits fotovoltaicos entre janeiro de 2019 e janeiro de 2021 para diferentes faixas de potência.
Mesmo depois de ter seu custo reduzido em 90% nas últimas duas décadas, a energia solar ainda tem mais espaço para melhorar sua competitividade entre todas as fontes e deve, nos próximos dez anos, registrar uma queda em seus preços na faixa de 15% a 25%. A conclusão é do último relatório da consultoria Wood Mackenzie, intitulado “Eclipse Total: Como os Custos Decrescentes Garantirão o Domínio da Energia Solar na Energia”.
A fonte solar, segundo projeção da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, deve gerar mais de 147 mil empregos no país em 2021. Para a Absolar, a nova mão de obra ajudará a atender os investimentos privados previstos para o setor no ano, cuja promessa é ultrapassar os R$ 22,6 bilhões, somando projetos de geração distribuída e usinas centralizadas.
A maior parte dos novos empregos deve vir do segmento de geração distribuída, respondendo por mais de 118 mil empregos em 2021, já que do total de investimentos previstos para o ano, a GD solar corresponderá, pela análise da Absolar, por cerca de R$ 17,2 bilhões. Em capacidade instalada, o segmento cresceria, pela projeção, 90% frente ao total instalado até 2020, passando de 4,4 GW para 8,3 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto será de 37%, passando dos atuais 3,1 GW para 4,2 GW.
O mercado fotovoltaico movimentou mais de R$ 13 bilhões em 2020 no Brasil, segundo levantamento da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. Os recursos foram investidos em grandes usinas centralizadas e em sistemas de geração distribuída e representam crescimento de 52% em relação aos investimentos acumulados no país de 2012 a 2019.
Segundo a Absolar, os aportes de 2020 criaram também mais de 86 mil novos empregos no Brasil, 62% acima do acumulado desde 2012. Já em todo o período compreendido pelo estudo, até 2020, a fonte gerou mais de 224 mil postos de trabalho e movimentou R$ 38 bilhões em negócios.
Somadas as capacidades instaladas em geração distribuída e centralizada (7,5 GW), a fonte sobe para o sexto lugar na matriz elétrica, atrás da hídrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis. A solar já representa potência instalada 32% maior do que a somatória de todas as termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totalizam 5,6 GW.
O processo seletivo do Programa de Pós-Graduação em Energia e Sustentabilidade (PPGES) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas para o nível de mestrado. O período de inscrição está compreendido entre 21/12/2020 e 15/02/2021. Acesse o edital em: clique aqui
O sistema fotovoltaico conectado à rede integrado à planta piloto bioclimática foi instalado pela LEnergy Energia Solar e entrou em operação em dezembro de 2020. A potência nominal do sistema fotovoltaico é de 0,99 kWp. O sistema é composto por 3 módulos fotovoltaicos com potência nominal de 330 Wp da fabricante BYD e 1 inversor com potência nominal de 1,5 kW da fabricante PHB Solar.
A planta piloto bioclimática também tem instalado um sistema fotovoltaico isolado da rede elétrica com potência nominal de 400 Wp para atender a demanda de energia elétrica da iluminação externa. Os sistemas fotovoltaicos tornam a planta piloto bioclimática uma edificação de energia positiva. Uma estação meteorológica automática composta por piranômetros, células de referência e anemômetro, entre outros sensores, está em operação desde 2016.
A sobreirradiância e seus impactos na produção e na vida útil dos inversores foi tema de um artigo científico desenvolvido pelo Prof. Dr. Giuliano Arns Rampinelli, pela Eng. Dra. Letícia Toreti Scarabelot e pelo Prof. Dr. Carlos Renato Rambo e publicado pela revista FotoVolt.
O XXIII Congresso Brasileiro de Automática será realizado entre os dias 23 e 26 de novembro em formato virtual. É mais um evento com participação de pesquisadora do NTEEL Solar. A Eng. Dra. Letícia Toreti Scarabelot irá apresentar o trabalho “Análise De Desempenho De Um Sistema Fotovoltaico De Geração Distribuída Após 5 Anos De Operação”. A programação das sessões técnicas do XXIII CBA pode ser acessada em: clique aqui. Assista a apresentação em: